As nuvens são classificadas com base em dois critérios:
aparência e altitude.
Com base na aparência,
distinguem-se três tipos: cirrus, cumulus e stratus. Cirrus são
nuvens fibrosas, altas, brancas e finas. Stratus são
camadas que cobrem grande parte ou todo o céu. Cumulus são
massas individuais globulares de nuvens, com aparência de domos salientes.
Qualquer nuvem reflete uma destas formas básicas ou é combinação delas.
Com base na altitude, as nuvens mais comuns na troposfera são
agrupadas em quatro famílias: Nuvens altas, médias, baixas e nuvens com
desenvolvimento vertical. As nuvens das três primeiras famílias são produzidas
por levantamento brando sobre áreas extensas. Estas nuvens se espalham
lateralmente e são chamadas estratiformes. Nuvens com desenvolvimento vertical
geralmente cobrem pequenas áreas e são associadas com levantamento bem mais
vigoroso. São chamadas nuvens cumuliformes. Nuvens altas normalmente
tem bases acima de 6000 m; nuvens médias geralmente tem base
entre 2000 a 6000 m ; nuvens baixas tem base até 2000 m. Estes
números não são fixos. Há variações sazonais e latitudinais. Em altas latitudes
ou durante o inverno em latitudes médias as nuvens altas são geralmente encontradas
em altitudes menores.
Devido às baixas temperaturas e pequenas quantidades de vapor d’água em altas
altitudes, todas as nuvens altas são finas e formadas de cristais de gelo. Como
há mais vapor d’água disponível em altitudes mais baixas, as nuvens médias e
baixas são mais densas.
Nuvens em camadas em qualquer dessas altitudes geralmente indicam que o ar é
estável. Não esperaríamos normalmente que nuvens crescessem ou persistissem no
ar estável. Todavia, o desenvolvimento de nuvens desse tipo é comum quando o ar
é forçado a subir, como ao longo de uma frente ou próximo ao centro de um
ciclone, quando ventos convergentes provocam a subida do ar. Tal subida forçada
de ar estável leva à formação de uma camada estratificada de nuvens que tem uma
extensão horizontal grande comparada com sua profundidade.
Nuvens
com desenvolvimento vertical estão relacionadas com ar instável.
Correntes convectivas associadas ao ar instável podem produzir nuvens cumulus,
cumulus congestus e cumulonimbus. Como a convecção é controlada pelo
aquecimento solar, o desenvolvimento de nuvens cumulus freqüentemente segue a
variação diurna da insolação. Num dia de bom tempo as nuvens cumulus começam a
formar-se do meio para o final da manhã, após o sol ter aquecido o solo. A
cobertura de cumulus no céu é maior à tarde - usualmente o período mais quente
do dia. Se as nuvens cumulus apresentam algum crescimento vertical, estas
normalmente chamadas cumulus de "bom-tempo" podem produzir leve
chuva. Ao aproximar-se o pôr-do-sol a convecção se enfraquece e as nuvens
cumulus começam a dissipar-se (elas evaporam).
Uma vez formados os cumulus, o perfil de estabilidade da troposfera determina o
seu crescimento. Se o ar ambiente é estável mais para cima o crescimento vertical
é inibido. Se é instável para ar saturado, então o movimento vertical é
aumentado e os topos das nuvens cumulus sobem. Se o ar ambiente é instável até
grandes altitudes, a massa da nuvem toma a aparência de uma couve-flor,
enquanto se transforma em cumulus congestus e então em cumulonimbus, que produz
tempestades.
Fonte: Física UFPR
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