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Deserto de Afar | Rachaduras que vão dividir o continente africano

O deserto de Afar conhecido como o lugar mais quente do planeta com temperaturas próximas dos 50° C estende-se por uma região de quatro países: Eritréia, Etiópia, Somália e Jibuti. Os habitantes tem origem de diversos países da África e vivem em tribos no local, alguns são pastores e agricultores que cultivam milho, trigo, favas, banana e melão e circulam com seus rebanhos de cabras e ovelhas em terras de água escassa e vegetação rasteira.

Rio de lava durante a noite


É na região da Etiópia e Somália onde vivem a maioria do povo que se dispersaram para essa região há mais de 2500 anos, devido a conflitos territoriais e disputas pela independência de alguns países. A extração de sal é muito forte no deserto, pois antigamente o lugar seria o “lar” de um grande lago salgado. Por meio de estudos, acredita-se que futuramente – alguns milhões de anos – o continente africano poderá se dividir em dois, e a região de Afar será tomada pelas águas oceânicas. Rio de lava durante a noite Foi no deserto de Afar também, que arqueólogos encontraram restos de um homem com 4,4 milhões de anos – o primeiro hominídeo australopiteco -  e o esqueleto de uma garota com 300 mil anos.

 As falhas e rachaduras 


A rachadura enorme que surgiu em 2004 em uma área remota do deserto na região etiópica, à 990 quilômetros da capital do país, cresce metros a cada ano.
Nos primeiro meses de 2005 a falha já alcançava 60 metros de comprimento por 4 de largura. A região tem atividade vulcânica e sísmica constante e nas profundezas da fissura já é possível observar um lago de lava proveniente d cratera do vulcão Erta Ale. Terremotos e fontes térmicas de águas sulfurosas não faltam no local. Segundo pesquisadores da Missouri University of Science and  technology, as fendas na Etiópia são realmente recentes, mas o intenso processo que ocorre abaixo da crosta terrestre do lugar já vem de quase 2 milhões de anos atrás. David Brideg, chefe da pesquisa explica “o ferro nas rochas derivadas das rachaduras tomou direção do campo magnético existente naquele tempo, e isso comprova que o Polo Norte se encontra na região onde hoje é o Polo Sul”.
Salinas cristalizadas

Rachadura no Deserto de AfarA estimativa para que o leito oceânico tome o lugar por completo é de 2 milhões de anos, o que dará oportunidade aos cientistas de estudarem o lugar e os fenômenos na região nunca registrados sobre terras de um continente. Os Grandes Lagos da África já são os intermédios entre as fissuras de Afar e o Mar Vermelho. A área provavelmente sofrerá com maior atividade vulcânica ao decorrer dos anos, uma vez que o magma profundo se aproxima da superfície das fissuras. 


A depressão de Afar


 Muito próximo à área das rachaduras na Etiópia, e próximo à fronteira com a Eritréia estão os gêiseres e fontes quentes de coloração amarela e alaranjada devido a presença de enxofre e ferro fundido. A espessura da crosta no local é de apenas 20 quilômetros solidificada pela força do vulcão Erta Ale. Salinas cristalizadas Durante a noite na superfície do lago de lava do vulcão observa-se uma beleza única do rio de lava que escorre pelas rochas basálticas na temperatura de 1200° C. Já no vulcão Dallol ocorre à recristalização do sal. A água que infiltra no solo se aquece pela presença próxima do magma e volta à superfície como camadas de sal e vapores de gases tóxicos. Para não correr riscos de intoxicação, os visitantes visitam o lugar protegidos com máscaras. Gases tóxicos podem ser perigosos.

Escrito por: Thiago Cardoso

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