Praticamente isolada do mundo, a Ilha de Páscoa está a 3500 quilômetros da costa chilena e marca a última fronteira da América do Sul. O idioma dos nativos é o Rapa Nui desde a muito tempo atrás, onde navegadores ancoraram suas embarcações cercados de mistério que o lugar representa até hoje. As grandes estátuas de pedra vulcânica – os moais – estão espalhadas ao redor da ilha e levantam teorias diversas entre os pesquisadores que vão até a região. A maneira que foram construídas, como foram transportadas, qual o intuito da construção e qual teria sido o motivo da extinção da civilização local.
Oficialmente, a descoberta dessa pequena porção de terra a oeste do Pacífico, foi em 1722 em um domingo de Páscoa – daí vem o nome da ilha. Hoje o lugar não é mais desabitado como a dezena de anos atrás. Em meio ao mar azul e as altas montanhas vulcânicas surgem trilhas, hotéis, restaurantes e pequenos povoados com comidas típicas como o pescado e festivais de dança e cultura sobre o povo Rapa Nui. A população local ultrapassa pouco mais de 5 mil habitantes, e tem uma pista de pouso e decolagem de 4 quilômetros construída pela Agência Espacial Norte-Americana. Quem visita o local pode conhecer os três vulcões inativos – Rano Raraku, Rano Kau e Poike.
Os grandiosos Moais A principal teoria usada para explicar as gigantescas estátuas posicionadas de costa para o mar é de que foram feitas para homenagear grandes líderes mortos que protegeriam os nativos contra a força e destruição da natureza. Colin Richards, da Universidade de Manchester, e Sue Hamilton, da Universidade College London, descobriram na ilha uma estrada que possivelmente serviria para transportar os moais do topo dos vulcões até a região costeira da ilha. Os chapéus presentes na cabeça de algumas estátuas seria um símbolo de prestigio da elite dos nativos que se envolviam em conflitos por poder, por isso a altura das estátuas variam muito – entre 2 e 20 metros e até 270 toneladas levando em consideração o pedestal sobre o qual elas eram fixadas – quanto mais alta a estátua, mais poder o líder teria.
Por intermédio de pesquisa e datações do solo da ilha, sabe-se que no passado a região era coberta por florestas, o que contrasta com a paisagem do local atual que apresenta poucas árvores. A hipótese é que o desmatamento frenético tenha causado o fim das árvores que eram derrubadas e serviam de roldanas como transporte dos grandes blocos rochosos até a praia. Um período de fortes chuvas causou uma grande erosão no lugar devastando o pouco da mata que havia sobrado. Para finalizar, a época de estiagem deixou os habitantes sem comida e famintos, causando confrontos internos entre a mesma civilização. Os poucos que sobraram teriam sido escravizados com a chegada dos europeus anos depois. Contudo, todos os fatos apresentados no texto acima são hipóteses que não garantem totalmente a real situação em que a civilização Rapa Nui viveu. Existem ainda, opiniões adversas referentes ao papel dos moais na ilha, que poderiam ter sido construídos para divindades e rituais de deuses dessa antiga civilização.
Nativos atuais Rapa Nui em festival
Escrito por: Thiago Cardoso
Fonte:Ciênciasetecnologia
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