Não é sempre que você pode conhecer um grande deserto banhado
pelo mar no período da seca ou uma das paisagens mais insólitas com extensas
formações de dunas e lagoas de água doce após as chuvas. É uma formação
geológica rara e única no Brasil, como se fosse uma obra de arte itinerante que
muda todo o ano ao bel-prazer dos ventos.
O parque nacional dos Lençóis Maranhense
é uma unidade de conservação brasileira de
proteção integral à natureza localizada na região nordeste do estado do Maranhão.
O território do parque, com uma área de 156 584 ha,
está distribuído pelos municípios de Barreirinhas, Primeira Cruz e Santo
Amaro do Maranhão. Inserido no bioma costeiro marinho, o parque é um
exponente dos ecossistemas de mangue, restinga e dunas, associando
ventos fortes e chuvas regulares. Sua grande beleza cênica, aliada aos passeios
pelos campos de dunas e à possibilidade de banhar-se nas lagoas, atraem
turistas de todo o mundo, que visitam o parque durante o ano inteiro.
A sede do
parque está a cerca de 260 km da capital do estado, São Luís, às margens do rio
Preguiças. Entre maio e agosto, as lagoas
estão cheias e a paisagem, em plenitude. Em setembro, elas começam a secar. Na
última semana de julho, acontece a Vaquejada, com shows folclóricos. Em agosto,
estrangeiros desembarcam em peso por lá.
GEOLOGIA
A posição intracratônica do Meio-Norte
(Maranhão-Piauí) favoreceu a formação de uma estrutura geológica sedimentar,
constituindo vasta bacia cuja gênese está ligada às transgressões e regressões
marinhas, combinadas com movimentos subsidentes e arqueamentos ocorridos desde
o início do Paleozóico ao final do Mesozóico (Atlas do Estado do Maranhão,
1984). Durante os movimentos negativos eram depositados sedimentos marinhos,
acumulando-se arenitos, folhedos e calcários, enquanto que durante os
movimentos epirogenéticos positivos depositaram-se sedimentos basálticos de
origem continental.
No período Juro-Cretáceo ocorreram atividades ígnea
de certa importância. Durante esse período movimentos tectônicos provocaram a
formação de um "horst" de direção aproximada leste-oeste, denominada
Cerco Ferrer-Urbano Santos, responsável pelos afloramentos de rochas
pré-cambrianas, mais importantes na área do Gurupi, e pela fragmentação da
grande bacia sedimentar, dando origem às bacias epicontinentais de São Luís e
Barreirinhas (Atlas do Estado do Maranhão, 1984). A bacia de Barreirinhas
limita-se a oeste pelo "horst" de Rosário que separa a bacia de São
Luís, seu limite sul é o Arco Ferrer-Urbano Santos, estendendo-se em seguida
para o oceano. Sua espessura máxima é de 7000 m e ocupa uma área de 85.000 km2 dos quais 75.000 são submersos.
O quaternário (Holoceno) é representado pelos
depósitos litorâneos marinhos e depósitos eólicos, muito extensos na região de
Barreirinhas-Humberto de Campos e por aluviões flúvio-marinhos do Golfão
Maranhense e do estuário do rio Turiaçu.
Referências
Imagem: Wikipédia
http://www.ib.usp.br/limnologia/Lencois/Regiao/geologia.htm
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