Foto:http://www.gentedanossaterra.com.br/revolta_da_chibata.html |
Ocorrida em 22 de novembro de 1910, no
Rio de Janeiro, a revolta da chibata foi um levante dos marinheiros contra os
maus tratos por eles sofridos. Naquele período era comum açoitar com chibatadas
os marinheiros, tudo com intuito de discipliná-los.
Através dessa prática violenta os
marinheiros se revoltaram principalmente depois que o marinheiro Marcelino
Rodrigues levou 250 chibatadas diante de todos os presentes no navio, desmaiou
e continuou sendo açoitado.
Sempre em uma revolta ou manifestação
uma pessoa toma a frente para encorajar os outros, nesse caso o Almirante
Negro, o Marujo João Cândido, foi o primeiro a esboçar uma ação contrária aos
castigos das chibatas.O líder da revolta, redigiu uma carta reivindicando o fim
dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que
participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os
revoltosos ameaçavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro (então capital do
Brasil).
Na baía de Guanabara encontravam-se
vários navios que foram tomados pelos rebeldes, além disso, começaram a
controlá-los retirando todos oficiais, aqueles que causassem resistência à
ocupação eram assassinados, e se caso o governo não atendesse suas exigências
ameaçavam lançar bombas na cidade.Após o conflito, passaram-se quatro dias e,
então, o Presidente Hermes da Fonseca decretou o fim da prática violenta de
castigos e perdoou os marinheiros.
Entretanto, após os marinheiros terem
entregues as armas e embarcações, o presidente solicitou a expulsão de alguns
revoltosos. A insatisfação retornou e, no começo de dezembro, os marinheiros
fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda revolta foi fortemente
reprimida pelo governo, sendo que vários marinheiros foram presos em celas
subterrâneas da Fortaleza da Ilha das Cobras.
Referências:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Política de moderação de comentários:
O autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.