Saudações
literárias a todos! Hoje estamos com uma edição especial da coluna, se você é
escritor, então fique de olho nas suas redes sociais, pois, poderemos entrar em
contato para batermos um papo e divulgarmos suas obras. Sem mais delongas,
vamos iniciar nosso bate papo de hoje com o poeta e escritor Cearense Walter
Júnior (28 anos) morador da famosa cidade do Padre Cícero, Juazeiro do Norte -
CE, onde trabalha como funcionário público.
É
autor de três obras que conheceremos mais adiante na entrevista e recentemente participou do concurso
literário promovido pelo Centro Cultural Banco do Nordeste, onde fez parte da
edição 2014 do projeto "Abril para Leitura" obtendo como premiação a
publicação de seu poema em um livro que leva o nome do projeto.
Walter Júnior: É um prazer poder bater esse papo com vocês.
O
mundo dos livros: Nós que agradecemos Walter, primeiramente queremos saber quando
foi que você despertou para o mundo literário? Teve alguma influência (apoio)
por parte da escola, universidade, família, amigos?
Walter Júnior: Creio que desde o meu nascimento já estava em meu
sangue o amor pela literatura em todos os seus vértices. Costumo brincar que no
meu nascimento eu não chorei, simplesmente declamei uma poesia. Sempre tive o
apoio de amigos e parentes, que sempre me incentivaram a continuar escrevendo
mesmo quando pensei em desistir pelas dificuldades do caminho.
O
mundo dos Livros: E quais
são os temas que você costuma abordar em suas obras literárias?
Walter Júnior: Os
temas são variados, tudo depende de como está minha comunicação com a alma do
mundo no momento que irei escrever, dessa forma, em relação a poesia não tenho
um tema específico, posso fazer uma poesia a partir de uma palavra aleatória.
Já referente aos livros, gosto de falar sobre universos paralelos, mistérios,
fantasias e tudo aquilo que pode fazer a mente viajar por lugares
inimagináveis, não que isso me impeça de escrever em uma temática diferente.
O mundo dos Livros: Muito
bem. Agora queremos saber como você gosta de trabalhar: em silêncio absoluto ou
prefere ouvir música enquanto está escrevendo? Conta como é que você se motiva.
Walter Júnior: Gosto de colocar uma boa música enquanto escrevo, a
melodia me ajuda a adentrar no mundo que estou criando a cada palavra, frase e
parágrafo, deixando minha mente livre e liberta. Inspiro-me em tudo que tem
vida, seja de forma física, espiritual ou imaginária.
O mundo
dos Livros: Atualmente, é cada vez mais difícil publicar um livro. Qual foi a
maior dificuldade que você encontrou para publicar ou disponibilizar suas obras
para o público?
Walter Júnior: Realmente o mercado literário brasileiro está cada vez
mais fechado para os novos autores, pois as editoras não buscam novos talentos,
elas se preocupam apenas com os lucros, dessa forma, elas importam autores
estrangeiros (lá fora as editoras investem em novas obras). Quando escrevi meu
primeiro livro A Cidade da Lua, enviei os originais para muitas editoras
e elas retornaram meu contato afirmando seu interesse em publicá-lo, uma grande
alegria que se tornou uma grande decepção, percebi que muitos brincam com os
sonhos de outrem na busca de lucratividade, pois impõe que o autor adquira no
mínimo 250 exemplares para que eles façam uma tiragem de 1.000 exemplares, sem
qualquer promessa de divulgação ou distribuição. Busquei a auto publicação após
isso.
O mundo dos livros: O que você acha
do atual cenário literário brasileiro?
Walter Júnior: O
Brasil é uma mina de diamantes, mas as editoras não querem pegar uma joia bruta
e lapida-la, preferem comprar no exterior diamantes já prontos para o uso,
ficando muitas obras perdidas esperando alguém ir lá descobri-las. Sendo assim,
salvo algumas exceções, o mercado literário brasileiro vive do modismo
estrangeiro.
O mundo dos Livros: Há escritores
que reescrevem sempre o mesmo livro? Isso já aconteceu com você? E a propósito,
quanto tempo você leva para escrevê-los?
Walter Júnior:Não.
Vejo um livro após finalizado como um filho, sendo assim, amo-o em todas suas
peculiaridades, não modifico, não diminuo e nem acrescento nada após haver
terminado. Referente a duração da escrita, já escrevi livros em uma semana para
poder inscreve-lo em um concurso, como já escrevi livros em 4 ou 5 meses.
O mundo dos Livros: Nas redes
sociais você é um fã declarado do Paulo Coelho. Você já chegou a se guiar pelo
estilo de escrita dele? Conta pra gente como começou essa relação com um dos
maiores escritores brasileiros da atualidade.
Walter Júnior:Paulo Coelho é um exemplo para mim, um mestre. Não me guio
exatamente pelo modo de escrita dele, mas assim como Paulo, procuro fazer com
que meus livros tragam um ensinamento sólido ou algo que faça o leitor repensar
sua vida. Comecei a admirar Paulo Coelho desde muito jovem, por conta do livro O
Diário de Um Mago e, por conseguinte, o livro O Alquimista que se
tornou meu livro de cabeceira, enfim, quando conheci as suas obras eu quis ter
o mesmo dom de traduzir em palavras o que meus sentimentos trazem ao meu
coração. Hoje tenho a alegria de já ter recebido uma ligação de Paulo Coelho
dizendo que eu não deveria desistir mesmo diante de tantas dificuldades e de
ser seguido no Twitter por ele.
O mundo dos livros: Já conhecemos
um pouco do criador, agora vamos conhecer um pouco de suas criações. Conta um
pouco sobre A cidade da Lua. Você se baseou em alguma cidade para criar o
cenário? Quem são os personagens centrais?
Todos os direitos são reservados ao escritor |
Walter Júnior:A
Cidade da Lua foi o meu primeiro livro, assumo que quando comecei a escrever
essa obra, não sabia muito bem o que esperar da mesma, apenas deixei minha
imaginação viajar e eu mesmo ia me surpreendendo com os rumos da história. O
cenário da cidade foi todo criado, não havendo por base nenhum local conhecido,
sendo que se houver algum local que guarde alguma semelhança com o que é
descrito no livro, é mera coincidência. Os personagens principais são: Luis
Fascinni – O Viajante, D. Maria Augusta – A dona do cortiço e João
de Valença – O misterioso homem que Luis conheceu ao chegar na cidade.
O livro,
resumidamente, fala de um viajante que ao desbravar o interior nordestino acaba
se deparando com essa pequena cidade, a qual chamam de A Cidade da Lua,
onde descobre que muitos segredos escondem-se sob a luz do luar. Decidido a
desvendar tais mistérios, acaba se envolvendo em uma perigosa trama para libertar
a cidade de uma terrível maldição. A trama tem seu ápice quando Luis descobre
que um anjo necessita de seu auxílio.
O mundo dos livros: Ótimo. Agora
nos apresenta ao romance Monday e ao Menino sem coração. Qual a motivação para escrevê-los?
Walter Júnior: Monday
traz uma perspectiva das maneiras que a vida pode nos da chances de modificar
nossa história, seja através de um momento de crise ou em uma circunstância que
aparentemente é corriqueira, sendo assim, devemos estar atentos aos sinais no
caminho. O Menino Sem Coração é uma pequena história onde busco mostrar que toda
criança tem algo especial para nos oferecer.
O mundo dos livros: Como os
leitores podem ter acesso a suas obras? Tanto livros quanto poemas.
Walter Júnior: Os
leitores podem ter acesso as minhas obras através do meu blog http://www.trovasdepensamentos.blogspot.com.br e através de minhas
redes sociais.
O mundo dos livros: Já têm em mente
novos projetos? Pode adiantar alguma coisa?
Walter Júnior: Posso
dizer que esse ano novas obras surgirão e espero desde já contar com o apoio de
todos.
O mundo dos livros: Este foi Walter
Júnior direto de Juazeiro do Norte – CE. Agradecemos a você por ter aceitado o convite para bater esse papo com os leitores da Coluna. Desde
já, abrimos o espaço para futuras entrevistas que venha mostrar seu trabalho
para o Brasil e porque não o mundo.
Walter Júnior: Eu agradeço pelo espaço, foi uma
entrevista muito interessante e divertida. Obrigado a todos que fazem o Blog Observatório
Histórico e Geográfico, em especial a pessoa do professor Ronaldo Oliveira
responsável por essa entrevista. Abraço.
Então é isso pessoal, espero que tenham gostado dessa edição
e provavelmente teremos na próxima semana outro escritor conversando aqui
conosco.
Não deixem de ler, pois a leitura além de transportá-lo
para um mundo paralelo, também melhora sua forma de escrita. Até a próxima!
Ronaldo Oliveira
OBS: A COLUNA ENTREVISTA APENAS
ESCRITORES INDEPENDENTES.
TODOS OS DIREITOS SÃO
RESERVADOS AOS AUTORES.
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